O Teatro voltou á escola
É sempre em finais de Junho, já no verão....
Uma maré viva de mesas, cadeiras, tendas, flores, floreiras, instrumentos musicais, painéis, fotos, bancos, chapéus de sol, obras de arte, lâmpadas e focos, papel de cenário, tintas e pincéis...
DESCARREGA, DESCARREGA, CONTINUA A DESCARREGAR
É PRECISO
REINVENTAR O LUGAR
Não, não, Professora, aí não pode estacionar! Não posso...Céus, onde vou então estacionar? Tem de ser do outro lado, onde conseguir...arranjar lugar. Tudo cheio, tudo cheio, camiões a descarregar, ainda risco algum carro, mas onde é que eu vou estacionar?
Os homens de negro, formigas laboriosas, de um lado para o outro, de um lado para o outro, a descarregar, a descarregar A MONTAR
A Escola TRANSFIGURA-SE
Os espaços redefinem-se.
Não, não há estacionamento aí! Aí é a Esplanada.
Esplanada - lugar onde gostaria de me sentar a ver os melros saltitar, ouvindo os pardais chilrear e sentindo, de vez em quando, um gato a espreitar, nessas noites mornas, nas noites em que a Escola se veste de Teatro.
Nessas noites em que se pode ficar na escola
A SONHAR
Texto escrito nas comemorações do cinquentenário da escola, professora Isabel Aldinhas - 2009